quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Franscisco de Assis, um homem no encalço da fé

Alguns dias atrás, fui presenteda com o livro "Francisco de Assis, o santo relutante", de Donald Spoto. Compartilho aqui alguns trechos.
"Para a maioria das pessoas, a palavra 'conversão' significa encontrar uma religião ou mudar de uma para outra; a conversão ocorre por alguma razão, pessoal ou social, profunda ou superficial, para agradar a outros ou para paz íntima. Qualquer que seja a motivação, é um processo contido em si mesmo que chega a um ponto final lógico. Assim entendida, no entanto, a conversão meramente evoca noções simplistas sobre algo que constitui uma das aventuras mais misteriosas da experiência humana." (Donald Spoto, em "Francisco de Assis, o santo relutante", p. 90-91).

E ainda sobre conversão...
"Converter-se é embarcar em um processo: em termo religiosos, implica uma decidão de comprometer com Deus a íntegra da vida. Mas isso não pode ser conseguido mediante um único ato de vontade, nem ocorre em um dia, ou após um único acontecimento, por mais que tenha sido dramático ou haja alterado a vida. A conversão, em outras palavras, frequentemente implica momentos isolados de incandescência, porém, em última análise é um projeto em desenvolvimento." (Donald Spoto, em "Francisco de Assis, o santo relutante", p.91).

O episódio da renúncia dos bens e da família de Francisco também me chamaram a atenção. Franscisco de Assim, então com 24 anos de idade, se apresenta nu perante o clérigo local, em pleno julgamento.
"A nudez foi, dessa forma, um poderoso símbolo do que ele desejava: liberdade, como a do recém-nascido, sem a carga dos bens e privilégios mundanos, sem os prazeres e a responsabilidade da propriedade e das belas roupagens. Por mais perdido que estivesse estado até então, ele sempre mantivera o vínculo que o ligava à influência e ao dinheiro da família; agora, porém, entregava sua sorte à companhia daqueles que nada possuíam - e em 1206, nada possuir significa não ter literalmente coisa alguma, e não simplesmente ter pouco." ((Donald Spoto, em "Francisco de Assis, o santo relutante", p. 103).

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